Essa o mundo do entretenimento não esperava, a Walt Disney Co, anunciou a compra da Marvel, ou seja, todos os filmes, séries, desenhos, quadrinhos e milhares de personagens. Tudo por 4 Bilhões de Dólares.
A Disney, por exemplo, responde não só por gibis do Tio Patinhas, pelos parques de diversão e pelas animações da Pixar. Ela engloba também o canal ABC (de Lost e Desperate Housewives), um dos líderes em audiência nos EUA, as produtoras de cinema Touchstone e Miramax, canais de TV a cabo como Jetix e The History Channel, a editora Hyperion Books e a maior parte da ESPN.
A DC Comics, também faz parte de um conglomerado, a Time Warner, que – por acaso ou não – disputa diariamente com a Disney a posição de maior do mundo. Time Warner, novamente, não é só Superman e Pernalonga, mas a America Online, os canais HBO (de Família Soprano e True Blood), The CW (de 90210 e Smallville), Cartoon Network, uma parte da CNN, a revista Time e muita, mas muita coisa.
Se a Disney seguir o padrão da DC que é ministrada separadamente do resto da Warner. Jeffrey Bewkes, presidente da Time Warner, não dá opinião sobre o que a DC publica.
Vale lembrar que a Marvel já teve outros donos. Em 1968, o fundador Martin Goodman vendeu-a para a Perfect Film and Chemical Corporation (depois renomeada Cadence Industries). Em 1986, a editora virou propriedade da New World Entertainment, produtora de filmes e seriados de TV. Em 1989, foi para a MacAndrews & Forbes, um fundo de investimentos que abriu o capital da Marvel na bolsa de valores, decisão que levou a brigas judiciais e à concordata da editora em meados da década de 90.
(Curiosamente, o presidente da MacAndrews & Forbes, Isaac Perelman, falou que comprara a Marvel porque ela era “uma Disney em miniatura em termos de propriedade intelectual”.)
Em cada uma dessas mudanças, os rumos editoriais da Marvel foi duramente afetado – não tanto em termos de qualidade, mas certamente em quantidade de quadrinhos publicados (para menos ou para mais). Da mesma forma, a boa receptividade dos filmes de Blade, X-Men e Homem-Aranha a partir do fim da década de 1990 impulsionou a divisão de quadrinhos.
Será que o negócio Disney/Marvel pode afetar a publicação dos gibis no Brasil? É uma possibilidade que parece distante, mas a Disney tem um contrato de quase 60 anos com a Editora Abril no Brasil e de mais de 70 anos com a italiana Mondadori, rival da Panini, cuja subsidiária publica os quadrinhos.
Mas vamos lembrar que a Disney tem um padrão violento de qualidade e muito, mas muito dinheiro, quem sabe o Homem de Ferro não saia em Imax 3d?
Patrão com o seu novo funcionário.
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